quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

PALAVRA DO PRESIDENTE DA OMB/CRESP


Foto: Claudia Souza

Roberto Bueno recebeu homenagem de sua equipe pelo aniversário de 1 ano na Presidência da OMB/CRESP


Exatamente no dia 1 de Outubro de 2008, Dia Internacional da Música, assumi a Presidência da OMB-CRESP. Colegas músicos, a luta é muito árdua, pois agora tenho a certeza de que aqueles que querem acabar com a OMB, não são os nossos sofridos músicos e sim alguns políticos que se dizem "Amigos dos Músicos", mas que na Verdade, estão mancomunados com empresários que
visam tão somente a desregulamentação da profissão, para que o músico fique desprotegido, trabalhando sem nota contratual ou sem qualquer tipo de contratação e, portanto sem as garantias da lei.
A OMB-CRESP está em fase de reestruturação e a maioria dos colegas, inclusive aqueles que entraram na Justiça com pedidos de liminares, para serem excluídos dos quadros da entidade, infelizmente ainda desconhece esse fato. À todos eles eu digo que esse não é o caminho para nos tornarmos uma classe forte, digna e respeitada. Pelo contrário, se nos unirmos teremos força e como disse na edição anterior, não seremos uma classe fragmentada.
Tramita no Congresso Nacional, mais de 100 pedidos de diversas áreas trabalhistas desejando ter a sua profissão regulamentada e ainda não conseguiram, como é o caso dos Músico Terapeutas. No entanto, a nossa profissão é regulamentada. O que precisamos é melhorar a nossa Lei e não acabar com ela, pois as leis são a nossa garantia de proteção.

A Classe Musical hoje em dia, divide-se em 4 situações muito bem claras:
1º - Músicos que esquecem as suas origens quando estão nos píncaros da glória. São aqueles que ganham quanto querem, e têm os melhores contratos. Não sou contra, em hipótese alguma, pelo contrário, acho que todos deveriam ganhar muito bem. Peço a esses colegas, como disse, que não esqueçam as suas origens e paguem uma renumeração justa pelo trabalho de seus músicos.
2º—Músicos que têm os seus direitos assegurados por Lei, esses na maioria das vezes, além do salário recebido pelo Governo Estadual, Federal ou Municipal, ainda trabalham nos finais de semana, tirando a possibilidade de ganhos daqueles que realmente têm direito a nada.

3º—Músicos proprietários de escolas e de bandas, que na maioria das vezes pagam um salário minguado aos seus músicos contratados.

"As modalidades acima citadas, representam no máximo 15% dos músicos bens sucedidos na área da música."

4º - Entendo que precisamos mudar essa situação,
afinal 85% dos músicos de São Paulo não têm direito a nada. É nada mesmo!.

Muitas vezes, devido a falta de comprovação de renda, em função do caráter eventual da profissão, até mesmo para adquirir um instrumento, o músico se vê obrigado a pedir à terceiros, que o ajude para a compra do que necessita.
Isso precisa acabar, estamos lutando para que a nota contratual tenha validade, para que você, caro colega, tenha o direito a crédito bancário, cheque especial, cartão de crédito etc..

Nossos cursos estão a todo vapor, em breve teremos planos de saúde, dentistas, ambulâncias, para o caso de necessidade do músico.


A luta continua!
Do menor dos menores,


Professor Roberto Bueno
Presidente da OMB - CRESP

REVISTA MÚSICO Nº 2 - OUTUBRO/09 - PÁG 5
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