“A música é instrumento importantíssimo de formação de cidadania.
Antes, nós estudávamos canto orfeônico e instrumentos; o que gerava os festivais nas escolas. A ditadura militar acabou com isso justamente porque criava um senso crítico e ela não queria que as pessoas tivessem uma visão crítica”
O ensino de música obrigatório nas escolas durante o período Fundamental, determinado pela Lei Federal 11.769/2008, desampara músicos profissionais, maestros e regentes quanto ao exercício de seu trabalho no ensino musical básico para crianças; visto que a matéria será ensinada por professores de educação artística, que estão sendo obrigados a adquirir uma preparação de apenas quarenta horas para ministrar estas aulas.
Pressupõe-se que os músicos não possuem preparo pedagógico para o ensino musical.
A categoria está com um grito de injustiça preso na garganta. Os apoiadores da Lei Federal
lembraram-se da educação e cultura, dos lucros com a venda de instrumentos musicais; menos com a questão da sustentabilidade que a Lei poderia gerar, caso os músicos fossem inseridos na proposta de ensino. Nem ao menos se pensou num mecanismo de capacitação pedagógica que envolvesse os músicos, como foi criado para os professores. Se quiserem dar aulas, terão que fazer uma nova faculdade para obter licenciatura em pedagogia. No entanto, julga-se que a música, pode ser administrada com apenas quarenta horas de preparo, sem levar em conta o perfil dos mestres de artes para adaptação; se possuem vocação, talento ou disposição de aprender a matéria.
O projeto de Lei 793/2003, apresentado pelo Deputado Estadual Rodolfo Costa e Silva – PSDB tem por objetivo levar a prática musical obrigatória nas escolas do Estado de São Paulo, até o ensino médio, o que ampliará a aplicação da matéria.
Embora o projeto não mencione a formação do corpo docente, o Deputado Rodolfo Costa e Silva se manifestou disposto a desenvolver juntamente com a Ordem dos Músicos - CRESP, mecanismos para a preparação de músicos profissionais, caso a Lei seja aprovada.
Segundo o Deputado, no ano de 2003 criou-se uma frente parlamentar para discutir o ensino da música, onde houve a dificuldade de se integrar a pedagogia na utilização dos músicos. Agora, está sendo estudado um projeto piloto que envolve uma parceria entre Governo do Estado e a Ordem dos Músicos—CRESP para implantar na prática a Lei 793/2003 na região metropolitana, a fim de analisar os critérios e os métodos pedagógicos à serem aplicados para que se tire o modelo de implantação em cima da Lei Federal.
“Nós temos uma mão de obra fantástica para utilizar neste projeto, que são os nossos músicos, mas temos que juntar tudo isso com a pedagogia... A Ordem dos Músicos está sendo fundamental nesta nova fase.
Engajou-se nesta luta em São Paulo trazendo a aprovação dessa nova legislação federal, voltando-se ao fortalecimento da aplicação da música nas escolas e da estruturação da carreira, com a preocupação da proteção, defesa e desenvolvimento do músico”, completou.
Com relação a preparação dos músicos para que possam dar aulas nas escolas, o Deputado
declarou que a implantação do Projeto Piloto, prevê esta possibilidade:
“...uma coisa é você tocar instrumento, outra coisa é você dar aula... ao mesmo tempo em que estaremos criando as atividades na escola em relação a musica, analisando o resultado e o impacto que terá sobre essas crianças; juntamente com a OMB/CRESP, nós trabalharemos o desenvolvimento da formação pedagógica dos músicos para realizar o trabalho e qual a estratégia para se fazer isso”, disse.
O Deputado apresentou a proposta ao Secretário da Educação e disse estar otimista quanto aos resultados.
“Nós esbarramos na aprovação da lei, na medida em que não apresentamos uma resposta para dar a estrutura necessária para implantar o processo. Na Lei Federal 11.769 vai ser uma dificuldade... Se não for criada a estratégia do ponto de vista estrutural para poder preparar o músico para este papel, a Lei não vai pegar...”.
Antes, nós estudávamos canto orfeônico e instrumentos; o que gerava os festivais nas escolas. A ditadura militar acabou com isso justamente porque criava um senso crítico e ela não queria que as pessoas tivessem uma visão crítica”
O ensino de música obrigatório nas escolas durante o período Fundamental, determinado pela Lei Federal 11.769/2008, desampara músicos profissionais, maestros e regentes quanto ao exercício de seu trabalho no ensino musical básico para crianças; visto que a matéria será ensinada por professores de educação artística, que estão sendo obrigados a adquirir uma preparação de apenas quarenta horas para ministrar estas aulas.
Pressupõe-se que os músicos não possuem preparo pedagógico para o ensino musical.
A categoria está com um grito de injustiça preso na garganta. Os apoiadores da Lei Federal
lembraram-se da educação e cultura, dos lucros com a venda de instrumentos musicais; menos com a questão da sustentabilidade que a Lei poderia gerar, caso os músicos fossem inseridos na proposta de ensino. Nem ao menos se pensou num mecanismo de capacitação pedagógica que envolvesse os músicos, como foi criado para os professores. Se quiserem dar aulas, terão que fazer uma nova faculdade para obter licenciatura em pedagogia. No entanto, julga-se que a música, pode ser administrada com apenas quarenta horas de preparo, sem levar em conta o perfil dos mestres de artes para adaptação; se possuem vocação, talento ou disposição de aprender a matéria.
O projeto de Lei 793/2003, apresentado pelo Deputado Estadual Rodolfo Costa e Silva – PSDB tem por objetivo levar a prática musical obrigatória nas escolas do Estado de São Paulo, até o ensino médio, o que ampliará a aplicação da matéria.
Embora o projeto não mencione a formação do corpo docente, o Deputado Rodolfo Costa e Silva se manifestou disposto a desenvolver juntamente com a Ordem dos Músicos - CRESP, mecanismos para a preparação de músicos profissionais, caso a Lei seja aprovada.
Segundo o Deputado, no ano de 2003 criou-se uma frente parlamentar para discutir o ensino da música, onde houve a dificuldade de se integrar a pedagogia na utilização dos músicos. Agora, está sendo estudado um projeto piloto que envolve uma parceria entre Governo do Estado e a Ordem dos Músicos—CRESP para implantar na prática a Lei 793/2003 na região metropolitana, a fim de analisar os critérios e os métodos pedagógicos à serem aplicados para que se tire o modelo de implantação em cima da Lei Federal.
“Nós temos uma mão de obra fantástica para utilizar neste projeto, que são os nossos músicos, mas temos que juntar tudo isso com a pedagogia... A Ordem dos Músicos está sendo fundamental nesta nova fase.
Engajou-se nesta luta em São Paulo trazendo a aprovação dessa nova legislação federal, voltando-se ao fortalecimento da aplicação da música nas escolas e da estruturação da carreira, com a preocupação da proteção, defesa e desenvolvimento do músico”, completou.
Com relação a preparação dos músicos para que possam dar aulas nas escolas, o Deputado
declarou que a implantação do Projeto Piloto, prevê esta possibilidade:
“...uma coisa é você tocar instrumento, outra coisa é você dar aula... ao mesmo tempo em que estaremos criando as atividades na escola em relação a musica, analisando o resultado e o impacto que terá sobre essas crianças; juntamente com a OMB/CRESP, nós trabalharemos o desenvolvimento da formação pedagógica dos músicos para realizar o trabalho e qual a estratégia para se fazer isso”, disse.
O Deputado apresentou a proposta ao Secretário da Educação e disse estar otimista quanto aos resultados.
“Nós esbarramos na aprovação da lei, na medida em que não apresentamos uma resposta para dar a estrutura necessária para implantar o processo. Na Lei Federal 11.769 vai ser uma dificuldade... Se não for criada a estratégia do ponto de vista estrutural para poder preparar o músico para este papel, a Lei não vai pegar...”.
ASSISTA O VÍDEO DA ENTREVISTA:
REVISTA MÚSICO! N.2 - OUTUBRO/09 - PÁGINAS 28 E 29
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