quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

GUETO DO ROCK - Por Alexandre Grunheidt

Bom... GUETO DO ROCK foi um nome que o pessoal da OMB criou para a turma do Rock 'n Roll, Hard Rock, Heavy Metal e de outros tantos sub-gêneros do Rock e que tocam nas casas de shows especializadas neste tipo de música, aqui em São Paulo. Dentre essas casas, se destacam Manifesto Rock Bar, Blackmore Rock Bar, O Kazebre, Led Slay e a Tribe House por um trabalho sério de apoio a esse estilo musical, tanto para bandas cover, como para bandas de
trabalho autoral.
Mais de 90% dos músicos deste estilo tem atividades paralelas e a música é uma paixão, uma válvula de escape das suas atividades diárias e não sua principal fonte de renda. Mesmo os músicos de bandas consideradas "consagradas" no estilo não podem deixar suas atividades paralelas, como aulas, produção de CDs para outras bandas e workshops, pois os cachês praticados no mercado não são suficientes para que o músico de rock pesado viva apenas da música. Por este motivo tem sido difícil profissionalizar este gênero tão discriminado de música.
Grande parte das casas de show e bares não fazem a Nota Contratual, tudo é tratado na base da informalidade.
Muitas vezes o músico não recebe o que foi combinado e não tem para quem reclamar, pois já são tão poucos os lugares que aceitam e apostam neste tipo de música que, se ele reclamar ou exigir seus direitos, ficará sem tocar ou terá que partir para outro gênero mais "rentável" de música (como bandas de baile, grupos sertanejos, etc). Muitos tem que deixar a sua paixão pelo Rock de lado ou simplesmente parar de tocar e acham que, por causa da precariedade dos locais em que tocam, não precisam ser profissionais e continuam a levar esta atividade como um Hobby.
Por isso, estamos juntos com a OMB e gostaríamos que entrassem com tudo nessa briga pelo músico contra as injustiças que são praticadas. Mas é importante também saber separar o que se pratica neste gênero musical de outros. A tabela da OMB não se aplica no nosso estilo. O dinheiro movimentado neste gênero musical não é o mesmo de um show de forró, de um show de axé ou sertaneja. As casas de show que ainda apóiam o nosso estilo fazem um grande esforço para continuarem abertas. Mas isso também não é desculpa para que não se profissionalizem e dêem ao músico, pelo menos, o que foi combinado previamente.
Já que estamos em uma fase de profissionalização da atividade de músico com uma nova e séria diretoria da OMB, que as casas sejam mesmo fiscalizadas e que seja exigida a
inscrição de todos que lá toquem na OMB, para que as obrigações descritas na nota contratual sejam cumpridas e que todas as partes envolvidas nesta relação comercial (sim... pois uma banda no palco de um bar nada mais é do que uma prestação de serviço) saiam satisfeitas.

Alexandre Grunheidt (3º na foto da esquerda para a direita).

Guitarrista desde 1986. Teve sua primeira inscrição na OMB em 1990. Hoje é guitarrista e vocalista do Damage Inc. (Metallica Cover) e do Ancesttral, banda de Thrash Metal paulistana que lançou seu primeiro CD "The Famous Unknown" em 2007, foi eleito álbum de melhor capa nacional de 2007 e ainda ficou com o sexto lugar entre os melhores discos de 2007. Além disso, a banda ainda obteve o terceiro lugar entre as bandas revelações do mesmo ano. Tudo isso pela votação realizada pela revista Roadie Crew.
É patrocinado pelas marcas Hellocases, Elixir Strings, Fix Lutheria e Walczak Handmade Guitars.

Contato:
ale@ancesttral.com
http://www.ancesttral.com
http://www.myspace.com/alexgrunheidt

REVISTA MÚSICO - N.2- OUTUBRO/09 - PÁGINA 17

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