quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

PROJETO MÚSICA INSTRUMENTAL

Aracaju, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre serão brindadas com shows até dezembro

Patrocinado pela Petrobras Distribuidora, o Circular BR prossegue com a proposta de levar pelo Brasil afora a música instrumental de qualidade.
Em outubro, artistas de expressão da música instrumental brasileira sobem aos palcos de nordeste a sul do país, para firmar mais um vez o compromisso de apresentar a perfeita harmonia entre diferentes estilos.

Desde sua criação, em 2006, o projeto tem levado músicos dos mais variados sotaques a diferentes cidades do Brasil. "A proposta do Circular BR é apresentar a diversidade da música instrumental brasileira com o intercâmbio de músicos e palcos", ressalta o músico Marcelo Guima, responsável pela coordenação geral e direção artística do projeto que ganhou destaque pelos Estados por onde passou.

Nesta 6ª edição, que teve início em outubro, músicos e convidados se apresentam em 12 shows que percorrem as capitais Aracaju, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba. Guinga será o convidado do saxofonista Zé Nogueira, no show que abre a temporada do Circular BR de 2009. Na segunda rodada, destaque para o chorinho, com Luciana Rabello e Maurício Carrilho, que convidam o músico Déo Rian ao palco. E para encerrar com chave de ouro esta edição, Marcell Powell, o filho de Baden, recebe ao palco Victor Biglione.

Além de formar público e promover o intercâmbio cultural entre músicos e platéia, o Circular BR propicia que a música instrumental brasileira continue a caminhar pelo País. Nas edições anteriores, o inusitado projeto caminhou por cidades dos Estados da Bahia, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe e Espírito Santo. A idéia central é sempre contemplar artistas que reflitam as peculiaridades da música instrumental com seu próprio sotaque. "Queremos promover a troca de experiências e de cultura", afirma Marcelo Guima, da Arko Produções, que assina o projeto desde sua criação.

Zé Nogueira Quarteto

Carioca, Zé Nogueira cursou o Conservatório Brasileiro de
Música (RJ), a Escola Nacional de Música da UFRJ e a Berklee College of Music (Boston). Participou, como instrumentista, de musicais como "Gota d´água", "Ópera do malandro" e "O Rei de Ramos", todos de Chico Buarque. Integrou a Orquestra
Sinfônica da UFRJ. Atua em shows com artistas como Edu Lobo, Djavan, Chico Buarque, Zezé Mota, Simone, Zizi Possi, entre outros.
Participou dos festivais de Varadero, Cuba; Montreux, Suíça; Kool Jazz Festival, Nova York; Pentax, Tóquio; Jazz a Juan, França. Produziu, em parceria com Victor Biglione, a trilha sonora do filmes "Faca de dois gumes", de Murilo Salles, e, em parceria com Cristóvão Bastos, a trilha sonora do filme "Mauá -
O Imperador e o Rei", de Sérgio Rezende. Liderando um
quinteto formado por Jorge Helder (baixo), Jota Moraes (vibrafone), Jurim Moreira (bateria) e Ricardo Silveira (guitarra), lançou o CD instrumental "Carta de Pedra -
A Música de Guinga" (2008), com 12 composições de Guinga.
No Circular BR 2009, Zé Nogueira toca ao lado de Jurim Moreira (bateria), Guto Wirtti (contrabaixo acústico), Jorge Helder (contrabaixo acústico) e Ricardo Silveira (guitarra).

Victor Biglione

Único brasileiro a participar do New York Guitar Festival (2002), nos EUA, o músico também consolidou, lá, a
parceria com o ex-Police Andy Summers, gravando o segundo CD do duo, "Brazil Splendid", em Los Angeles.
O trabalho reúne apenas clássicos a MPB com músicas de Tom Jobim, Milton Nascimento, Chico Buarque, Caetano Veloso e Cartola, entre outros. Biglione e Summers já haviam lançado o CD String of Desire (1998).
Gravou também, ao lado de Cássia Eller, "Cássia Eller, Victor Biglione e Cássia Eller in Blues: If Six was Nine", um trabalho de Blues, Rock e Jazz, selecionado e reconhecido pelos críticos a nível internacional. Conquistou o Grammy Latino com "Crooner", gravado com Milton Nascimento.
Com um estilo musicalmente eclético, que mistura bossa nova, rock, jazz e blues, Victor já tocou com mais de 300 nomes da MPB e da música internacional. Lançou 16 CDs solos ou duos em diversos países e ainda, outros dois pela Cor do Som, banda que integrou de 1982 a 1984

Marcel Powell Trio

Marcel Powell teve suas primeiras aulas de violão aos nove anos de idade, com seu pai Baden Powell, com quem gravou dois discos, "Baden Powell e filhos", aos 15 anos, e "Suite Afro-Brasileira", ambos ao lado do irmão, o pianista Philippie Baden. Este último lançado apenas no Japão, como seu
primeiro solo, "Samba novo", registrado junto com os amigos, alguns filhos orgulhosos de renomados músicos, como Diogo Nogueira (filho de João), Claudia Telles (filha de Sylvia), Ana Martins (filha de Joyce) e Marcos Suzano. Na ordem, "Aperto de mão" seria seu quarto registro, mas é o primeiro em que ele se vê retratado com fidelidade. Marcel Powell apresenta-se ao lado dos mais renomados músicos brasileiros ou em show solo em turnês internacionais. Para subir aos palcos do Circular BR, o músico vem acompanhado de Sandro Araújo (bateria) e Josias Pedrosa (contrabaixo).

REVISTA MÚSICO - N.2 - OUTUBRO/2009 - Página 14 e 15


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