quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

CAVAQUINHO, O PEQUENO NOTÁVEL - Por: Adauto Alves

Na última metade do século dezenove, os havaianos haviam se tornado amantes da guitarra. Em 1886, relatou-se: “Tocam-na como instrumento de solo, com tal ternura e suavidade que bem diz da delicadeza de seus sentimentos.”
Alguns relatos contam que aproximadamente em 1879, um imigrante português estava tocando o que parecia uma ‘pequena guitarra de quatro cordas’, que conquistou o coração dos Havaianos pela forma saltitante como era tocada e logo foi apelidada de “Ukelele” que significa ‘Pulga Saltitante’.
Embora acredita-se que tenha sido criado apenas como um instrumento de acompanhamento; hoje em dia, vários virtuoses tocam o Ukulele como instrumento solo, todos os ritmos, da hula aos clássicos.
É tão querido no Havaí, que é comum se ver escolares tocando um Ukulele ao andarem pela rua. Porém, há um instrumento que foi puro produto do engenho havaiano — a guitarra de aço.
Na década de 1890, um estudante da Escola de Kamehameha, Joseph Kekuku, enquanto tocava uma antiga guitarra, comprimiu as costas dum pente contra as cordas e ao dedilhá-las ouviu pela primeira vez o tom indescritivelmente belo da guitarra de aço que ficou identificado desde então como ‘o próprio som do Havaí’.
A música havaiana tornou-se popular durante a Primeira Guerra Mundial, através das produções fonográficas usadas como uma das melhores publicidades do Havaí.
Entre as mais famosas estão: O Hawaii, Blue Hawaii, Little Grass Shack, Sweet Leilani, e o lindo Cântico Matrimonial havaiano.
Através dos anos, a história dos havaianos, seus feitos, seu amor à criação e suas emoções foram
Difundidas mundialmente. A música tradicional havaiana continua a ser propagada e seja
no Havaí ou no Brasil, o pequeno notável Ukelele ou Cavaquinho, com certeza perpetuará a sua participação Na história da música mundial.

O Cavaquinho também é Conhecido em outros locais como: machimbo, machim, machete,
manchete ou marchete, braguinha ou Braguinho e cavaco.

ADAUTO ALVES é publicitário, compositor e músico.
Apreciador do samba de raiz, teve a oportunidade de dar canjas com grandes nomes como Aldo Bueno, Jorge Costa, Beth Carvalho Neguinho da Beija Flor Bebeto de São João e outros.

Marcou presença no Clube do Choro de São Paulo e no Bar Café Soçaite no bairro do Bixiga até o seu fechamento na década de 90, junto com o grupo Soçaite , Clebito do pandeiro, Rinaldo do
tamborim, Jeferson da Timba e Edinho no repique de mão.
Foi nessa época que desenvolveu grande atração pelo choro, através do contato com a nata do choro: Professor Armandinho do cavaco, seu Jaime do cavaquinho, Milton de Mori bandolin, Zé Barbeiro violão 7, Stanley clarineta, Evandro bandolim, João Macacão violão 7, Mestre Isaias do bandolin, Bando de Macambiras, Joãozinho do Cavaquinho, Edmilson Capelupi, Luizinho 7 Cordas, Atayde da Flauta e Tavinho do Cavaquinho e outros.

Em 2000 foi convidado pelo Grupo Nosso choro para o apoio de produção gráfica e marketing de um CD na gravadora Eldorado produção do Theo Azevedo e acabou participando do CD com canja no choro “Obrigado Baloy”.

Algum tempo depois, no CD do Grupo Paulistano do grande João Macacão, gravou o “Choro Pro Melito”, uma co-autoria com Milton de Mori, onde também fez a produção das imagens.

Com Vasni Freitas, dono da Pizzaria Formaggio fundaram o Ponto de Encontro do choro de Guarulhos junto com outros importantes músicos sediados na cidade, com este projeto veio a ser exibido na Rede Teovision de TV a cabo de Guarulhos canal 14 o Programa “ Formaggio Oficina do Choro” inicialmente apresentado pela Jane do Bandolin e Lula Gama e depois por ele mesmo.

Atualmente, está produzindo seu mais novo CD ”Dos Amores que Tive” em homenagem aos amores que marcaram sua vida nos anos 80, sob a direção e arranjos musicais de Milton de Mori.

REVISTA MÚSICO! N.3 - pÁGINA 21
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