sábado, 6 de março de 2010

Projeto Elas por Elas combate violência doméstica com música

Projeto Elas por Elas combate a violência doméstica por meio da música no Dia Internacional da Mulher
Jovens cantoras de Cidade Tiradentes fazem releitura de músicas consagradas na voz de grandes cantoras para levar mensagens de combate à violência contra a mulher

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, jovens cantoras de Cidade Tiradentes que frequentam a Estação da Juventude participam, no próximo dia 08 de março, do lançamento do projeto “Cidade Tiradentes Elas por Elas”, com o apoio da Subprefeitura Cidade Tiradentes.
O objetivo do projeto é combater a violência contra a mulher, levando mensagens, por meio da música, para que os casos sejam denunciados e nenhuma mulher aceite esse tipo de agressão de maneira impune.
A iniciativa reuniu algumas das jovens cantoras que atuam em bandas de rock, MPB e coral gospel de Cidade Tiradentes, com a proposta de dar uma nova roupagem musical a canções famosas que falam sobre o cotidiano da mulher, no contexto social, político e cultural. As músicas foram gravadas no estúdio da Estação da Juventude em Cidade Tiradentes – espaço destinado aos jovens para oficinas de música, arte e profissionalização –, e as novas versões deram origem ao CD Cidade Tiradentes Canta Elas por Elas, com nove faixas.
“As cantoras são mulheres comuns: auxiliar de serviços gerais, agente de zoonoses, estudante... Algumas delas não conheciam as músicas que regravaram, mas mergulharam em suas letras e melodias para apresentar uma versão para esses clássicos segundo a sua própria experiência pessoal”, disse Renato Barreiros, subprefeito de Cidade Tiradentes.
Assim, o clássico de Mercedes Sosa, “Solo le pido a Dios”, virou um rap com uma pitada de batida latina, e “Pagú”, de Rita Lee, se transformou num funk melody. Juliana Faria, de 14 anos, não conhecia Edith Piaf quando foi convidada a interpretar “Je ne regrette rien”, mas relacionou a história da cantora à de sua mãe e aprendeu francês para interpretar o clássico.
As duas últimas músicas do CD, de autoria dos compositores e moradores de Cidade Tiradentes MC Dede, João Carlos Roxo e João Carllos dos Santos, responsável pela produção do CD, foram feitas com mensagens explícitas de combate à violência contra a mulher e farão parte de um CD composto apenas por músicas autorais, patrocinado pelos comerciantes do bairro, que será distribuído no dia 08 de março para 1200 mulheres.
Durante o lançamento do projeto, haverá também o debate “O papel da mulher na sociedade atual e o combate à violência doméstica”, com a participação da comentarista esportiva e Subprefeita da Lapa, Sonia Francine; a professora de Direito Constitucional da PUC-SP e ex-delegada da Mulher, Luciana Temer; e a coordenadora da Casa Ser Dorinha, Regina Gomes. Após o debate, serão distribuídos 200 CDs com as releituras das músicas famosas e também as duas escritas pelos compositores de Cidade Tiradentes. Haverá também um show com as cantoras de Cidade Tiradentes.
Para conhecer as regravações, acesse: http://www.youtube.com/user/estacaojuventudect#p/u

CD CIDADE TIRADENTES CANTA ELAS POR ELAS
1. "Maria, Maria” – imortalizada na voz de Elis Regina, em versão bossa nova, apresentada pela cantora de MPB, Mércia Muniz;
2. "Je ne Regrette Rien” – da cantora francesa Edith Piaf, no estilo pop, interpretada pela cantora gospel, Juliana Faria;
3. “Solo le pido a Dios” – canção que ficou famosa na voz de Mercedes de Sosa, cantora argentina de grande apelo popular na América Latina, será apresentada pela rapper Renata Pantera, no ritmo reggaeton, uma mistura de rap com o balanço da música caribenha;
4. “Pagú” – de Rita Lee, foi transformada na batida do funk melody, e interpretada pela MC Thaah;
5. “Cor de Rosa Choque” – hino do feminismo nos anos 80, de Rita Lee, assumiu uma roupagem emo, interpretada pela roqueira Gisele Vergna;
6. “Ave Maria no morro” – famosa na voz de Dalva de Oliveira, foi transformada em um tango, na voz de Vera Ribeiro;
7. “Fera Ferida” – eternizada por Maria Bethania, no ritmo samba reggae, apresentada por Jully Kimania;
8. “Mulher Brasileira” – um funk contra a violência doméstica escrito pelo vencedor do primeiro festival de funk de Cidade Tiradentes, MC Dede;
9. “Soul Mulher” – canção interpretada por todas as cantoras que participaram do CD.
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