sexta-feira, 5 de março de 2010

Centro Cultural Banco do Brasil apresenta a série musical Rock Rural > até 09/03

Violas turbinadas estão invandimdo o centro na série que traz grandes nomes da música de raiz e mostra o som dos acordes que compõem o folk brasileiro. Entre as atrações estão Zé Geraldo, Flavio Venturini, Sá e Guarabyra, entre outros

Foto: Zé Helder Quarteto
O público paulistano está conferindo de perto os mais turbinados acordes de rock. Porém, vindos de violas e não só de guitarras. Trata-se da série musical Rock Rural que está acontecendo no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo. Todas as terças-feiras, desde o dia 2 de fevereiro e vai até 9 de março, sempre em dois horários, às 13h e às 19h30, o local receberá o que há de melhor do folk brasileiro - mistura de rock com música caipira de raiz.
Foto: Ivan Vilela
O evento traz importantes nomes que ajudaram a construir a história desse estilo musical no Brasil, como O Terço, Matuto Moderno, Paulo Simões, Zé Geraldo, Zé Helder Quarteto, Ivan Vilela e Sá e Guarabyra. Para Marinéa Mochizuki, produtora do evento,o “Rock Rural tem como objetivo mapear o passado, o presente e o futuro do gênero. “Os artistas trazem em comum, além do ritmo, a paixão por contar histórias simples, porém intensas e cheias de poesia.”

Para Marcelo Mendonça, diretor do CCBB São Paulo, “por meio do rock rural, um gênero de grande identificação com o público, o Banco do Brasil reafirma seu compromisso de valorizar a cultura brasileira e oferecer ao público programas de qualidade com o melhor da arte revelada no próprio país.”

Foto: O Terço
A estreia de Rock Rural foi com o grupo O Terço, formado pelos músicos Flávio Venturini, Sergio Hinds e Sérgio Magrão. Considerada uma das mais importantes bandas de rock dos anos 70, O Terço apresentou clássicos que trazem elementos do rock rural e do bom e velho rock 'n' roll - com uma releitura moderna, inserida no século 2. A história do grupo começou em 1968 e teve participação importante em diversos festivais, como o Festival Internacional da Canção, Festival de Belo Horizonte e Festival de Juiz de Fora. Ausente do show bizz desde os anos 1990, quando gravou “Tributo a Raul Seixas”, O Terço nunca anunciou o fim oficial da banda, tendo tido várias formações ao longo dos anos. Além de dedicar-se ao grupo, os músicos da formação atual tocam outros projetos: Flávio Venturini segue com sua carreira solo; Magrão faz parte do 14 Bis; e Sérgio Hinds, além de continuar lançando CDs de progressivo e fusion na Europa e no Japão com O Terço sob outra formação, produz discos e trilhas sonoras.

Foto: Paulo Simões
Dia 09/02, foi a vez da banda Matuto Moderno mostrar o “duelo” da viola caipira com a guitarra distorcida, em ritmos que vão do catererê aos efeitos eletrônicos. Nascido em 1999, o grupo formado por Ricardo Vignini, Marcelo Berzotti, Alex Mathias, Mingo Jacob e Ricardo Berti, apresentou um estilo onde ritmos caipiras, como o cururu e o pagode de viola, passaram a flertar de forma intensa com o rock 'n' roll. A ideia da banda era quebrar o mito de que música de raiz era coisa de pessoas mais velhas. Mesmo incorporando elementos e efeitos eletrônicos às suas canções, o Matuto Moderno nunca perdeu o viés de ter a cultura popular como fonte principal de suas criações. Junto com o grupo, apresenta-se o violonista carioca, radicado em Campo Grande (MS), Paulo Simões, conhecido como o compositor da nova música pantaneira e que já gravou com artistas como Renato Teixeira, Maria Bethânia, além das parcerias com Almir Sater.

Foto: Zé Geraldo
Dia 23/02, Zé Geraldo subiu ao palco. Um dos principais cantores e compositores do folk brasileiro completou 30 anos de carreira em 2009 e possui 16 discos lançados, sendo seu último trabalho batizado de “Catadô de Bromélias”, que conta com a participação especial de Zeca Baleiro. Nascido em Rodeiro, na Zona da Mata mineira, e criado em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, Zé Geraldo mudou-se para São Paulo aos 18 anos, com o objetivo de estudar, trabalhar e ser jogador de futebol, sonho que não pôde ser concretizado por conta de um acidente automobilístico sofrido pelo artista. A partir daí, com pouco mais de 20 anos, ele mudou o rumo de sua história e passou a transformar suas experiências de vida em música e poesia. Premiado em inúmeros festivais, tem em seu repertório clássicos como “Cidadão”, “Como diria Dylan” e “Senhorita”.

A primeira apresentação de março, dia 2, ficou por conta de Zé Helder Quarteto e Ivan Vilela. Em suas composições, o quarteto traz influências de música regional, clube da esquina, jazz, rock, música erudita, entre outros estilos. Ivan Vilela, músico, professor, pesquisador, diretor e arranjador da Orquestra Filarmônica de Violas, começou a estudar música aos 11 anos, quando ganhou um violão de seu pai. A identificação com o universo popular o manteve, desde cedo, em contato com festas tradicionais do sul de Minas Gerais, sua região natal e revela-se em todos os seus trabalhos.

Foto: Sá e Guarabyra
Por fim, a dupla Sá e Guarabyra, fecha o evento no dia 09 de março. Precursores do estilo rock rural, a dupla formada em 1973 sempre utilizou em suas composições temas como o campo, o amor e os relacionamentos, mesclados a ritmos como o folk, rock progressivo, entre outros. Dentre os grandes sucessos da dupla estão “Dona” e “Espanhola” (composta por Flávio Venturini). No repertório para Rock Rural, os músicos apresentarão, além de seus clássicos, composições em homenagem ao ex-parceiro Zé Rodrix, falecido em maio de 2009.



Programação dos Shows - Terças-feiras, com apresentação às 13h e às 19h30
02/02 - O Terço
09/02 - Matuto Moderno e Paulo Simões
23/02 - Zé Geraldo
02/03 - Zé Helder Quarteto e Ivan Vilela
09/03 - Sá e Guarabyra
Rock Rural - Serviço

Local : Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo - R. Álvares Penteado, 112, Centro -
Próximo às estações Sé e São Bento do Metrô
11 3113 3651 / 11 3113 3652
www.bb.com.br/cultura
Teatro do CCBB (125 lugares)
Classificação Indicativa: livre
Ingresso: R$ 6,00 e R$ 3,00 (meia-entrada para estudantes, professores, correntistas do Banco do Brasil e maiores de 60 anos)
Horário da bilheteria: de terça a domingo, das 10h às 20h.
Informações: (11) 3113-3651 ou 3113-3652
www.bb.com.br/cultura - Ingresso antecipado: www.ingressorapido.com.br / (11) 4003-1212

Acessos: Estações Sé e São Bento do Metrô. Praças do Patriarca e da Sé.
Acesso e facilidades para pessoas com deficiência física// Ar-condicionado // Loja // Cafeteria Cafezal

Estacionamentos
Opções de estacionamentos particulares na Rua Boa Vista, Rua Senador Feijó e Rua Libero Badaró. Confirmar dias e horários de funcionamento.

Van faz o transporte gratuito até as proximidades do CCBB – embarque e desembarque na Rua da Consolação, 228 (Edifício Zarvos) e na XV de novembro, esquina com a Rua da Quitanda, a vinte metros da entrada do CCBB.