Como parte do projeto de Revitalização do Centro, o prefeito de São Paulo autorizou a declaração de utilidade pública do prédio do antigo Cine Marrocos, localizado na Rua Conselheiro Crispiniano. O local abrigará a sede da Secretaria Municipal de Educação e integrará a Praça das Artes.
Construído na década de 40, o prédio receberá 850 funcionários da Educação, desde o gabinete do secretário, órgãos centrais até os Conselhos Municipais de Educação, Alimentação e Fundeb. O saguão, que é tombado, será restaurado e usado em conjunto com a Secretaria Municipal de Cultura para atividades de trabalho de ambas as pastas, e ainda de cultura e artes. É nesta área que fica também o cinema, com capacidade para mil pessoas.
O objetivo do prefeito é aproximar a Secretaria da Educação de seu gabinete e também das demais secretarias, a fim de que as ações integradas sejam mais ágeis e eficientes. Além disso, ao compartilhar espaço com a Secretaria de Cultura, a Educação poderá desenvolver outras atividades conjuntas com a pasta.
O secretário de Educação diz que a proposta do prefeito foi recebida com entusiasmo e possibilitará à pasta da Educação participar desse grande projeto de revitalização do importante centro histórico de São Paulo. A expectativa é que a secretaria mude para o local no início de 2012.
"O hall de entrada do cinema, um espaço tombado e belíssimo, será aberto e integrado à Praça das Artes", explica o secretário municipal de Cultura. Tanto o hall quanto a sala de cinema terão usos compartilhados pelas pastas.
Praça das Artes
A Praça das Artes vai recuperar a área conhecida como "quadra 27" - delimitada pela avenida São João e pelas ruas Conselheiro Crispiniano e Formosa -, que no momento está degradada do ponto de vista urbanístico e arquitetônico. O projeto foi idealizado pelo arquiteto Marcos Cartum, da Secretaria Municipal de Cultura, e desenvolvido pelo Escritório Brasil Arquitetura.
Além de transformar a atual configuração da quadra, a implantação da praça resolverá um antigo problema do Teatro Municipal de São Paulo que, na ausência de um espaço próprio para os ensaios de seus corpos artísticos, realiza atualmente essas atividades em locais inadequados ou no próprio palco do teatro, reduzindo pela metade sua capacidade para receber espetáculos.
O novo pólo cultural servirá ainda como local de ensaio das orquestras, corais, companhias de dança e do quarteto de cordas, além de abrigar as escolas municipais de música e bailado.