sexta-feira, 17 de setembro de 2010

51 ANOS DA MORTE DE HEITOR VILLA LOBOS - Por:Claudia Souza

Seu nome está impresso nas fachadas de um Shopping, Escola de Música, Parque, Conservatório, Colégio e até Hospital.

O som da palavra 'vila' lembra um conjunto de casas elegantes e caprichosas. Mas no caso de VILLA com dois "L's" presumimos que os adjetivos realmente tem a ver com o Maestro VILLA LOBOS, tamanha é a sua história de vida e realizações.

Em 2010 comemora-se 51 anos de sua ascensão para um plano superior. Diga-se "ascensão" visto que os mestres não morrem jamais. Como bem definiu o Maestro Gil Jardim, em sua tese de doutorado intitulada "O que foi feito de Villa" sobre Heitor Villa Lobos, o autor descreve a falta de iniciativas em manter uma política institucional que reconheça e valorize toda a história da música clássica brasileira, do período colonial até os dias de hoje.

Quando se refere a Villa Lobos ele diz: ..."A riqueza de sua obra é plural, tanto quanto o seu espírito empreendedor". ... Lamentavelmente, após 50 anos de sua morte, constatamos que sequer, mantivemos vivas as suas conquistas...



Mas, quais teriam sido as conquistas de Heitor Villa Lobos?

Além das grandes óperas que compôs e regeu, dirigiu a SEMA - Superintendência de Educação Musical e Artística; ministrou o Curso de Pedagogia de Música e Canto Orfeônico; realizou uma demonstração pública de 13.000 vozes, constituída por alunos das escolas primárias, secundárias e do Instituto de Educação, além do Orfeão dos Professores. Esses espetáculos, corais ao ar livre, mais conhecidos como "concentrações orfeônicas", chegaram a reunir até 44.000 vozes; foi o primeiro a promover no Brasil, uma série de concertos didáticos, voltados para a juventude, realizados no Theatro Municipal do Rio de Janeiro sob a regência de Walter Burle - Marx. Organizou o "Guia Prático - 1º Volume", contendo 137 canções folclóricas por ele arranjadas, destinadas à iniciação musical nas escolas; foi diretor do Conservatório Nacional de Canto Orfeônico, criado em 1942 pelo Governo Federal; Fundou e presidiu a Academia Brasileira de Música.

Durante os seus anos de vida, dedicados à musica, Villa Lobos viveu todos eles intensamente. Fato comprovado pelos relatos disponíveis no seu museu na internet. Quem entrar no endereço www.museuvillalobos.org.br vai ficar sem fôlego quando começar a ler a Cronologia Ilustrada do Maestro.

Entre as homenagens e nomeações que recebeu, destacam-se: Foi eleito membro correspondente da Academia de Belas Artes do Institute de France (1948); recebeu o título de Doutor em Música na universidade de Miami, EUA (1954); recebeu do presidente da República, Café Filho, a Ordem do Mérito no grau de comendador (1955); foi congratulado com o Ano Villa Lobos, em 1957, determinado pelo Ministro da Educação e Cultura, Clóvis Salgado, que promoveu conferencias e concertos no Brasil; recebeu o título "Doutor Honoris Causa" da Universidade de Nova York (1958), meses antes da sua morte.

Descobriu que tinha câncer na bexiga em 1948. Villa Lobos, ao invés de desanimar-se, continuou com o seu incansável processo de criação, até o dia 12 de Julho de 1959, quando realizou seu último concerto em Nova York, no Empire State Music Festival.

Retornando ao Brasil, faleceu no Rio de Janeiro, aos 72 anos, no dia 17 de novembro, quatro meses depois; tempo em que talvez tenha tirado férias de uma longa vida repleta de realizações.

Teria ele durante os últimos meses de sua vida, escutado todas as suas obras? Isso não sabemos, mas de uma coisa devemos ter toda a certeza. Heitor Villa Lobos, prá nós, meros mortais, partiu para outra dimensão, deixando aqui no Brasil o seu dever cumprido.

Seu corpo foi velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e enterrado no Cemitério São João Batista. Na lápide de seu túmulo lê-se: "Considero minhas obras como cartas que escrevi à Posteridade sem esperar resposta. H. Villa Lobos".

Para saber o que pensam os empresários que batizaram os seus empreendimentos com o nome Villa Lobos, escolhemos visitar o Hospital Villa Lobos (www.hospitalvillalobos.com.br), localizado no bairro da Mooca em São Paulo, que entre as várias especialidades, atende os principais órgãos de trabalho dos maestros, músicos e cantores: ouvidos, olhos e garganta.
 O Hospital Villa Lobos, é um dos hospitais cadastrados do Notre Dame (www.voceclube.com.br/omb), o novo Plano de Assistência Médica incorporado aos benefícios da Ordem dos Músicos - Conselho Regional do Estado de São Paulo.
"Temos tido um retorno positivo de pessoas, que além de gostarem do nosso Hospital, gostam do nome Villa Lobos. Colocamos o nome "Bachianas" em nossa lanchonete e instrumentos musicais como parte da decoração.
A nossa homenagem ao Maestro Heitor Villa Lobos, remete à idéia de que a medicina também é uma arte." Disse o gerente comercial do Hospital Villa Lobos, Ubiracy Alves.

Heitor Villa Lobos deixou uma mensagem registrada em uma de suas entrevistas, onde disse uma frase que se encaixa perfeitamente na atualidade universal, após 51 anos de sua morte:


Assista o Vídeo com esta reportagem:

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