Foto: Rodrigo Lopes
Entre gorjeios encantados os pássaros anunciaram que o mundo se tornaria mais melodioso, quando na Santa Casa de Pelotas, nos idos de 50, o chorinho de dois meninos em música se transformou.
Prenúncio de um futuro, presente de inspiração, nasceram numa família de músicos, paixão de Kleber e Dalva, assim sendo uma vertente soberba de criação aí se consolidou.
Assim cresceram Kleiton e Kledir, numa família a onde a música e a dança eram espetáculo permanente, motivando os dias e alegrando as noites, Mas a vida não era só música, qual crianças dispensa brincar…jogar pião, bolinhas de gude, ahh… pandorgas, velas rodopiar insolentes, desafiando o espaço, emoldurando as nuvens com seu incessante bailar, carinhos de lomba… quanta emoção e no Clube Brilhantes…. Que maravilha…. Natação é o que queriam.
Seus estudos no Assis Brasil. Isso, lá nos idos de 1960, favoreceram o envolvimento com arte e foi cantando Maringá numa Festa de São João, que a dupla fez sua primeira apresentação.
Guris festeiros, com arte e primor, desde logo mostraram seu imenso valor, cantando, tocando e compondo, o mundo em notas musicais se transformou.
Pelotas, terra do doce e das doces lembranças, gulosos como todas as crianças, se emaranharam nos fios de ovos que teceram nesses guris gosto da paixão e os bem – casados… com sua tradição, regalos dos sentidos, obras primas do paladar, acompanharam o crescimento dessa dupla, adoçando-lhes a vida e aguçando-lhes a imaginação.
Muitos festivais movimentaram os anos 1970, e esse jovens entremearam seus momentos de estudos com a sua grande vocação, a música.
Foi nessa década que surgiu o Grupo Almôndegas e músicas como Canção da meia–noite, Vento Negro, Haragana, Sombra fresca e Rock no Quintal repercutiram num grandioso sucesso nacional.
Nesse período o grupo se desfez e no final de 1979, nasceu a dupla Kleiton e Kledir, e quem se beneficiou foi a música gaúcha, pois foi unindo a arte à inspiração que desta fonte jorrou sucessos inesquecíveis como Maria Fumaça, Vira virou, Fonte da saudade, Deu pra ti, Paixão, Navega Coração, Nem pensar, Tô que tô, Viva e Corpo & alma.
Gaúchos guapos, percorreram este nosso Brasil, cantando e conquistando arrebatados louvores, mereceram o Disco de Ouro, até gravaram em espanhol com Mercedes Sosa, Léon Gieco. Do Brasil partiram para o mundo, Cuba, Buenos Aires, cantando e criando, honrando sua Pelotas, terra do Café Aquário, do Xavante, do Pelotas e do velho Farroupilha, das Nereidas e das mulheres lindas que fizeram o mundo parar.
Em 1987 resolveram separar a dupla, afinal era necessário um tempo para cada um se aprimorar; mas este foi um tempo breve; pois sem 1997, juntos voltaram a gravar e nos bradaram com um obra de arte “Clássicos do Sul”, onde interpretaram músicas de compositores do sul.
Sucesso e premiações, shows que a história faz contar, em 2009 homenagearam sua terra natal, com música Pelotas, cuja letra é um poema de amor pela princesa do sul, musica que retumbou no coração dos pelotenses.
Conquistaram Paris e o mundo os conheceu e nós da Academia do Samba os reverenciamos, valorizando a gema preciosa que esta terra produziu; por merecimento receberam o título de “Embaixadores Culturais do RS”.
A Academia do Samba entrou na Maria Fumaça e percorreu a trilha de sucessos desses guris que fizeram a Princesinha se ruborizar com tantos galanteios, mas é no grito que não se cala que fará ecoar na passarela de 2010 “Deu pra ti, baixo astral”.
Texto escrito pela professora Nara Louro
LETRA DO SAMBA ENREDO
ACADEMIA DO SAMBA EXALTA KLEITON E KLEDIR, VOU PRO CARNAVAL TCHAU
AUTORES: Wagner Lopes, Chico Cabecinha, Solom Silva
Um vento sul soprou
Anunciando a mais linda canção
Notas musicais
Se espalham por esse meu rincão
Para cantar e exaltar
Kleiton e Kledir
Filhos deste chão
Sou Academia ( tô tri legal )
Nessa folia vou brincar geral
..........................Vira Vira Virou, eu tô que tô
..........................Capaz nem pensar
..........................De corpo e alma ( navega coração )
..........................Então tá paixão
De família talentosa, brotou a inspiração
Assis Brasil, festa junina
A primeira aparição
Almôndegas um estilo musical
Virou som gaúcho nacional
Um novo desafio surgiu
Sucesso; a multidão ouviu
Aplaudidos pelo mundo inteiro
Encantando… era o talento brasileiro
O silencio enriqueceu a arte
A saudade fez a sua parte
Dois e clássicos do sul
Embalam nosso trem azul
...........................Vou de Maria Fumaça, meu sotaque mostra
...........................Sou folclore ramil, sou popular
...........................Meu autorretrato, é a essência musical
...........................Deu pra ti, vou pro carnaval
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