Veja a seguir a sinopse sobre cada um dos shows:
Carlinhos Perdigão |
Dia 13, quarta-feira, às 12h.
A palavra poesia, no universo literário, é tida como a mais refinada das paixões. Em torno desse aspecto, imagina-se que poetas, assim como leitores de poesia, sejam indivíduos singulares, com a mania de cultivar as letras. E isso significa querer saber das coisas, cultivar o intelecto e a força do entendimento. Em suma: ganhar capital cultural!
Toda linguagem tem seu quê de poesia. Mas a poesia é onde o “quê” da linguagem está mais em pauta. A poesia brinca com a linguagem. Chama atenção para as possibilidades de sentido. Explora coincidências sonoras entre palavras.
Ocorre que a palavra “poesia” abrange sentidos que vão além da linguagem verbal, oral ou escrita. Ela também se refere a um universo muito mais amplo e menos exclusivo que o do livro e da leitura. É o lado além-livro da poesia, que se relaciona com o universo da cultura musical, por exemplo. Portanto, na sua face de arte brasileira da palavra, a poesia está fortemente presente nas letras da música popular, seja esta de que gênero for. E em nenhum outro país do mundo a canção popular atingiu um status tão intelectual quanto no Brasil.
Deste modo, em torno de toda essa contextura, tem-se como certo que a música feita em nosso país alimenta-se fortemente da literatura poética. E este é o principal mote do espetáculo Poemário Musical, que deseja unir os belos universos poéticos e musicais ao tocar composições estruturadas através das poesias presentes no primeiro livro publicado de Carlinhos Perdigão: “Fragmentos: poemas e ensaios”.
Assim, neste espetáculo em foco, o instrumentista-poeta-professor cearense explorará didática, poética e musicalmente a palavra, cantando-a, realizando performances literárias (inclusive interagindo com o público presente!) e, sobretudo, contextualizando-a dentro da música pop brasileira moderna.
Programa
1. Sangue (Marcelo Justa, C. Perdigão)
2. Sabe (Níguer, C. Perdigão)
3. Punhal de defesa (Júnior Boca, C. Perdigão)
4. Solidão (Cleison Mattza, C. Perdigão)
5. Tenho um amor (Marcelo Justa, C. Perdigão)
6. Somos tons? (Marcelo Justa, C. Perdigão)
7. Andanças (Marcelo Justa, C. Perdigão)
8. A noite (Marcelo Justa, C. Perdigão)
9. Meu canto (Marcelo Justa, C. Perdigão)
10. E agora? (Marcelo Justa, C. Perdigão)
Ficha Técnica
Violão, guitarra, voz: Marcelo Justa
Contrabaixo: Edmundo Júnior
Bateria: Carlinhos Perdigão
PEGADO E A PELEJA
Dia 20, quarta-feira, às 12h e 18h.
Os primeiros lampejos surgiram na mente criativa de Wandemberg Pegado: após sair das bandas Cabeça Chata e Tocaia da Paraíba, firmou propósito de começar um trabalho autoral e solo. Remexendo em seus arquivo,s encontrou o que precisava para dar o pontapé inicial gravando no final de 2008, o CD demonstrativo “Pegado e a Peleja” produzido, arranjado e composto com as músicas garimpadas em seus guardados preciosos.
“Sossego” tornou-se um hit e a execução nas rádios locais, como a Cajazeirense 94.5 FM, abriu caminho para novas perspectivas. Caindo no gosto popular, chegou a diversos lugares desde bares e restaurantes a espaços culturais alternativos, conquistando críticas positivas de artistas, músicos e a empatia com o público.
O resultado agradou ao idealizador do projeto e nasceu a vontade de somar mais gente a ele, começando aí “a peleja de Pegado”... A idéia era circular em vários ambientes com um grupo itinerante que atendesse a especificidade do momento e lugar. Ou seja, uma banda que não tivesse estilo definido, sob a influência das mais diversas vertentes musicais, indo da MPB ao rock, do eletrônico ao brega, sem esquecer as suas raízes ao passear pela musica regional.
O título do CD demonstrativo deu nome à banda “Pegado e a Peleja”, que tem por norma primar pela liberdade musical, sem o temor de ousar, de receber rótulos ou se preocupar em seguir modismos, sempre buscando uma forma inusitada e singular de compor o repertório apresentado em seus shows, de certa maneira, também retribuir o carinho, a boa aceitação do trabalho e conquistar novos horizontes Brasil afora.
Da Paraíba para o mundo... “Esta é a nova onda da música cajazeirense!”
Programa
1. A marcha do marinheiro (Domínio Público)
2. Beijo etílico (Pegado)
3. Sossego (Pegado)
4. Conselho (Pegado)
5. Cavalo de pau (Alceu Valença)
6. Saga (Pegado)
7. Carraspana (Pegado)
8. Enquanto engoma a calça (Ednardo)
9. Costumes (Pegado)
10. Universo Cinza (Pegado)
11. Vício (Pegado)
Ficha Técnica
Guitarra: Pegado
Contrabaixo: Novinho
Bateria: Saul
Geraldo Junior - Foto: JoA Azria |
Dia 27, quarta-feira, às 12h e 18h
Segundo o cineasta Rosemberg Cariry, a região do Cariri cearense é um oásis, o verde coração do semi-árido nordestino, com uma grande quantidade de grupos e mestres de cultura popular tradicional: reisados, lapinhas, pastoris, bandas cabaçais, forró pé-de-serra, maracatu, coco, maneiro-pau, embolada e cantoria. Centro geográfico com equidistância para as principais capitais do Nordeste, desde meados do século XVII até os dias de hoje, continuam a chegar multidões sertanejas, em um fluxo constante, atraídas pela fertilidade e pela sagração do território como espaço mítico.
O trabalho do cantor e compositor Geraldo Júnior desenvolve-se nesse contexto como um aglutinador das artes populares, utilizando elementos tradicionais como ferramenta para fundir e ressignificar todas essas linguagens através de uma leitura contemporânea.
A misticidade que gira em torno do imaginário popular, é apresentada nos diversos aspectos que envolvem o espetáculo, performances munidas de figurino característico que representam suas tradições, lendas, folguedos, história e personagens locais.
Seguindo numa trajetória evolutiva, desde o “Dr. Raiz” - 2005 e “Calendário (O Tempo e o Vento)” – 2007, sempre processando e assimilando outras influências a partir da sua identidade cultural, o cantor e compositor Geraldo Junior, em seu novo show e álbum homônimo, “Warakidzã – Senhor do Sonho” - 2010, apresenta-se maduro e equilibrado entre todas as suas mais diversas e contrastantes influências, que vão desde as tradicionais até as mais contemporâneas.
A formação da banda conta com teclado, bateria e guitarras, alem da sanfona, viola, rabeca, flautas e percussões. Timbres e efeitos sugerindo um clima um tanto psicodélico. No repertório, canções inéditas que estão sendo gravadas, músicas do Dr. Raiz e do Calendário, canções de compositores da região como Patativa do Assaré, Abidoral Jamacaru, Luiz Fidélis, Dudé Casado e Ermano Morais, e ainda, a referência às músicas dos grupos de cultura popular tradicional. Com performances de teatro e dança entremeando as músicas. Tudo isso com os arranjos da nova formação do grupo.
Ficha Técnica
Geraldo Junior: Voz, flauta, trompete, percussão e performances
Beto Lemos: Violão, viola, rabeca, violoncelo e vocal
Gabriel Pontes: Sax tenor, soprano, flauta e vocal
Ranier Oliveira: Sanfona, piano e vocal
Eduardo Karranka: Guitarras e vocal
Filipe Muller: Violão, baixo e vocal
Francisco Gomide: Percussão
Cláudio Lima: Bateria e vocal
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